Sobre a Adria Santos

A velocista Adria Santos é a maior medalhista paralímpica brasileira, com 13 medalhas conquistadas entre 1988 e 2008. Representou o Brasil durante 27 anos na modalidade de atletismo paralímpico. Foi medalha de ouro pela primeira vez nos Jogos Paralímpicos de Barcelona, em 1992, na prova dos 100 metros rasos. Repetiu o primeiro lugar na mesma prova em Sidney-2000 e Atenas-2004. Sua outra medalha de ouro também foi na Austrália, mas nos 200 metros. As outras oito medalhas de prata e uma de bronze completam a galeria dos Jogos Paralímpicos e fazem de Adria uma expoente do esporte no país.

Números

71

Medalhas em competições internacionais

583

Medalhas em provas nacionais

100m e 200m

Recordista mundial nos 100m e 200m rasos.

2000 a 2006

Uma das maiores velocistas cegas do mundo entre os anos de 2000 e 2006.

Os Primeiros Passos

Nascida em Nanuque, interior de Minas Gerais, Adria Santos nasceu com uma doença degenerativa nos olhos, ela ficou completamente cega em 1994. Com 10 anos, Adria se mudou para Belo Horizonte, capital de seu estado natal. Mudança que representou o início do percurso de maior velocista do atletismo de todos os tempos.

Foi em Belo Horizonte, em 1987, no Instituto São Rafael, escola para deficientes visuais, que sua trajetória esportiva deu os primeiros passos. Naquela instituição, ela se destacou nas atividades lúdicas e esportivas. Por isso, foi encaminhada para a Associação de Deficientes em Belo Horizonte. Lá, os treinamentos impulsionariam o rendimento como atleta.

Desde o começo, Adria mostrava habilidade na pista. O início da sua trajetória no esporte ocorreu em uma velocidade inimaginável. Com apenas um ano de treinamento, aos 14 anos, Adria estreava na sua primeira paralimpíada (Seul 1988).

Foto de Adria em detaque correndo.
Foto de Adria em detaque correndo.

Depois disso, ela não parou mais. Ao todo, participou de seis edições dos jogos paralímpicos (Seul/1988, Barcelona/1992, Atlanta/1996, Sydney/2000, Atenas/2004 e Pequim/2008), subindo no pódio em todas elas. Além disso, o fenômeno das pistas paralímpicas também fez participações nos Jogos Parapan-americanos e em outras competições.

Adria começou a ser conhecida como Filha do Vento e nem precisa explicar o porquê desse apelido. Afinal ela foi considerada a velocista cega mais rápida do mundo. Adria também se consagrou, em 2010, a atleta mais influente pela Forbes.

Foi na pista de Pequim, em 2008, com o número 1250 no peito, que Adria conquistou sua 13º medalha nas paralimpíadas. O bronze entrou para a sua coleção e marcou a despedida da velocista dos Jogos Paralímpicos.

Aposentadoria

Em 2012, antes dos jogos de Londres, Adria teve uma contusão séria e ficou de fora da edição. Após dois anos, decidiu se aposentar. O momento foi bem difícil para ela. Sempre foi muito ativa, de repente, se viu forçada a desacelerar sua carreira no atletismo.

“Me vi sem muita saída e decidi fazer a aposentadoria forçada em 2014. Nesse período, enfrentei uma depressão. Eu me sentia vazia. Tive crises intermináveis de pânico e não conseguia nem entrar no quarto onde guardava minha coleção de medalhas e minhas premiações”, conta a atleta.

Destaque Nacional

Em 2016, Adria foi convidada a participar da condução da tocha nas Paralimpíadas Rio 2016. Em uma noite de chuva, a atleta recebeu a tocha das mãos da colega Márcia Malsar e passou-a para as mãos de ninguém menos do que Clodoaldo Silva.

Duas fotos: Adria e Clodoaldo Silva seguram piras olímpicas acesas e Adria leva pira no estádio.
Duas fotos: Adria com Fernando Fernandes em frente a telão da Globo e equipe arruma o cabelo de Adria.

Comentarista

Escalada para um time de campeões, a veterana paralímpica surpreendeu o país ao ser uma das vozes escolhidas para comentar a abertura das Paralimpíadas de Tóquio 2020. Aceitou o convite por ter consciência da importância da sua representatividade enquanto mulher negra com deficiência.

Novos Rumos

Após se aposentar e passar por um processo difícil, a ex-velocista decidiu se reinventar. Fez dança de salão, pole dance, pilates e chegou até o paraciclismo, em 2018.

Agora, além das medalhas, seu quartinho de premiação também guarda uma conquista do diploma em bacharel de Educação Física. Adria se formou em fevereiro de 2021 pela UniSociesc.

Foto de Adria de costas com camiseta do Instituto falando para crianças.

Palestrante

Depois de se aposentar das pistas, Adria Santos se dedica aos treinamentos e palestras de ciclismo paralímpico. Ela é tida como referência para os atletas paralímpicos e para as pessoas com deficiência do Brasil.

Quero contratar a Adria!

Patrocínio:

Ir para o topo